Desde o internamento do primeiro doente até 15 de março de 2022, o CHBM internou um total de 1741 doentes por COVID-19. O pico máximo foi atingido a 3 de fevereiro de 2021, com 159 doentes, realidade diferente da verificada no mesmo dia de 2022, onde se registava o internamento de 54 doentes. Relativamente aos óbitos, o CHBM registou um total de 410 óbitos, no mesmo período.
O Centro Hospitalar teve de se adaptar a esta nova realidade, criando novos circuitos, reorganizando e beneficiando espaços, chegando a ter 5 serviços convertidos em enfermarias COVID-19, num total de 159 camas alocadas a doentes com esta patologia. Atualmente o CHBM regressou ao número inicial de 29 camas para doentes COVID-19.
Mostrou-se também necessário investir na compra de equipamentos para reforçar a capacidade de intervenção em relação à doença, num investimento de cerca de 6 milhões de euros. De destacar, para além dos Equipamentos de Proteção Individual que foram adquiridos em larga escala, a compra de materiais e equipamentos para o serviço de Patologia Clínica, que permitiram realizar internamente cerca de 70 mil testes ao vírus SARS-CoV-2, com uma taxa de positividade de 6,4%. Foram ainda realizados outros investimentos nomeadamente a aquisição de um RX portátil, vários monitores multiparâmetros e ventiladores.
Os colaboradores deste Centro Hospitalar têm sido a peça fundamental para o combate ao vírus e, por esse motivo, fez-se um reforço a nível de Recursos Humanos. No âmbito da COVID-19 foram contratados 286 profissionais de várias categorias profissionais, por forma a melhorar a qualidade dos cuidados de saúde e aumentar a segurança dos utentes. Destes, atualmente, permanecem 184 profissionais na Instituição.
A proteção dos profissionais contra o vírus foi também uma prioridade. O CHBM iniciou a vacinação contra a COVID-19 a 29 de dezembro de 2020. Até ao final de janeiro de 2021 estavam vacinados 672 profissionais com a primeira dose e 615 com a vacinação completa. Neste momento, 1845 colaboradores têm o esquema primário de vacinação completo e 1525 a dose de reforço. No total, foram administradas 5117 vacinas.
A atividade programada, com a pandemia, sofreu um grande decréscimo, por força das adaptações que foram acontecendo. Contudo, no final de 2021, o CHBM já tinha começado a recuperar a atividade assistencial para os níveis pré-pandemia: realizaram-se 254.999 consultas externas (médicas e não médicas), foram intervencionados 7.281 doentes e foram realizadas 23.368 sessões de Hospital de Dia.
A tendência de incremento de atividade assistencial iniciada no ano de 2021 está a consolidar-se fortemente em 2022 constatando-se, em fevereiro deste ano, comparativamente ao ano passado, um forte crescimento da atividade programada.
O CHBM realizou 39.950 consultas externas, mais 12,8% que no mesmo período em 2021. Dessas, 7.232 consultas são médicas, o que corresponde a um aumento de 30,8% face ao período homólogo, onde se realizaram 5.532 consultas médicas. No que diz respeito às sessões de Hospital de Dia, realizaram-se 4.297 sessões em fevereiro de 2022, mais 28,8% do que no período homólogo. Relativamente ao número de doentes com alta do internamento, registaram-se 2.250 doentes este ano, mais 21,2% face a fevereiro de 2021, com 1857 doentes com alta. Também nas cirurgias se verifica o mesmo incremento, tendo sido intervencionados 1.235 doentes, enquanto que no período homólogo foram operados 892 doentes, o que corresponde a um aumento de 38,5%.
De destacar ainda o reforço substancial do CHBM na Hospitalização Domiciliária. Com as dificuldades decorrentes do combate à COVID-19, concretamente a necessidade de afetar camas para internar utentes portadores desta doença, reforçou-se substancialmente a hospitalização domiciliária de utentes no ano de 2021 o que permitiu assistir no domicílio, com as mesmas condições assistenciais disponibilizadas aos doentes internados no Hospital, 340 utentes (mais 126,7% que no ano anterior). No ano de 2022 mantem-se a aposta no incremento desta linha assistencial (mais 133,3% em fevereiro de 2022 do que no período homólogo), cujos níveis de satisfação e conforto dos utentes se mostram significativamente superiores aos verificados nos utentes assistidos em enfermaria hospitalar.