A taxa de participação neste estudo tem aumentado ao longo dos anos, sendo que nesta edição foram avaliadas 90% das camas hospitalares. À data de recolha dos dados, registou-se a nível nacional um total de 1.551 internamentos inapropriados. Nas principais causas dos dias de internamentos inapropriados, destaca-se a falta de resposta da rede de cuidados continuados e da família bem como da Estrutura Residencial para Idosos (ERPI). A região de Lisboa e Vale do Tejo acolhe 32% dos casos deste tipo de internamentos, com uma demora de 75 dias por episódio.
No CHBM, o principal motivo dos internamentos inapropriados vai ao encontro da média nacional, estando relacionada com o tempo de resposta para integrar a rede de cuidados continuados ou da ERPI. Registaram-se 36 internamentos inapropriados e 1.011 dias de internamento, menos 25% dos dias que na edição anterior do Barómetro. Destes internamentos, 89% são por motivos médicos. De destacar ainda que 58% são do sexo masculino e 42% destes utentes têm entre 65 e 80 anos.
O prolongamento do internamento hospitalar, para além do período clinicamente necessário, expõe os utentes a riscos e complicações de saúde evitáveis, de que são exemplos as infeções nosocomiais, a malnutrição, as depressões, entre outros.
Tendo em consideração o contexto atual que vivemos, a edição deste ano incluiu ainda um “Barómetro de Internamentos Sociais” destinado exclusivamente a doentes com COVID-19.