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O Centro Hospitalar Barreiro Montijo participou, a convite da Secretaria-geral da Segurança Interna, no exercício RAILEX 17, organizado pela GNR, que decorreu no passado dia 16 de novembro, tendo envolvido cerca de 40 entidades. Este exercício teve como objetivo testar a interoperacionalidade de várias forças de segurança nacional em situações de catástrofe, assim como a comunicação e articulação entre as diversas entidades, nomeadamente com os prestadores de cuidados de saúde.

Aproveitando este exercício, o CHBM fez um simulacro de ativação do Plano de Catástrofe Externa de nível II no Serviço de Urgência Geral, que contou com a participação de 38 profissionais, entre médicos, enfermeiros, assistentes operacionais, assistentes técnicos, vigilantes e observadores.

Em colaboração com Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que disponibilizou uma viatura extra para o simulacro, foi possível à VMER Barreiro participar na fase I do exercício com uma equipa no pré-hospitalar, tendo esta sido a primeira viatura a chegar ao local do acidente, organizando as operações até à chegada do INEM.

No CHBM o Serviço de Urgência Geral recebeu as primeiras vítimas às 9h00. Num cenário que se pretendeu ser o mais real possível, foram triadas, observadas e estabilizadas 20 vítimas, das quais 5 em estado crítico. Todas as vítimas, depois da triagem realizada no exterior, foram encaminhadas para as zonas de atendimento vermelha, laranja, amarela e verde, definidas em função da sua gravidade. Pela sua situação clínica, algumas vítimas tiveram necessidade de se deslocar ao Serviço de Imagiologia e ao Bloco Operatório.

O principal objetivo deste simulacro foi, de acordo com a Enfermeira Coordenadora do Serviço de Urgência Geral, Enf.ª Filomena Sanches, “testar a utilização e manuseamento dos kits de catástrofe, o processo de comunicação e articulação entre os vários responsáveis e intervenientes, permitindo este exercício refletir sobre a operacionalidade dos circuitos internos, materiais e equipamentos disponíveis, assim como os recursos humanos imprescindíveis a ativar perante este nível de catástrofe”.

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A Enf.ª Filomena Sanches, que foi a enfermeira responsável pela logística do simulacro, considera que “no global, o desempenho da equipa multidisciplinar nas quatro zonas de atendimento, no que respeita às competências técnicas, articulação e complementaridade, foi excelente e superou as expetativas de todos, pela forma como os casos clínicos foram encenados e abordados de forma tão realista e célere”. E acrescenta: “Estão programadas nas próximas semanas outras simulações, no sentido de testar os tempos de chamada e de resposta das equipas multidisciplinares”.

De acordo com a Diretora do Serviço de Urgência Geral, Dra. Ana Paula Pona, “as situações de catástrofe são cada vez mais prováveis, pelo que se pretende repetir de forma mais sistemática exercícios como este, no sentido de treinar todos os profissionais envolvidos e melhorar os aspetos detetados como menos positivos neste simulacro”. Referiu ainda que “exercícios como este permitem otimizar e uniformizar boas práticas, melhorar a articulação multidisciplinar, mas são também momentos únicos de partilha de saberes e de verdadeiro trabalho em equipa”. Em jeito e conclusão agradece “a todos os que de alguma forma contribuíram para a concretização deste exercício, nomeadamente à equipa que manteve um desempenho exemplar no normal atendimento dos doentes reais”.

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No âmbito dos trabalhos preparatórios do presente exercício, decorreu no dia 3 de novembro, no auditório do CHBM, um workshop sobre atuação em catástrofe, organizada pelo INEM, que contou com a participação de 72 profissionais de várias instituições, tais como médicos e enfermeiros do Serviço de Urgência Geral do CHBM; profissionais do INEM; operacionais da VMER do CHBM, de Setúbal e de Almada; agentes da PSP e da GNR; elementos da Proteção Civil. No workshop esteve presente o Diretor do Exercício Railex 17, o Tenente Coronel Pedro Oliveira da Unidade de Intervenção da GNR.
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