O dia 22 de abril de 2010 marca o inicio de atividade da Unidade de Cuidados Paliativos (UCP), a primeira da Península de Setúbal, que recebeu neste dia os seus primeiros doentes em instalações renovadas, garantindo todas as comodidades necessárias às especificidades dos utentes (e famílias) aqui internados. Catorze anos depois, a Unidade de Cuidados Paliativos, localizada no Hospital de Nossa Senhora do Rosário – Barreiro, registou quase 1.800 internamentos.
A Unidade de Cuidados Paliativos foi inaugurada pela então Ministra da Saúde, Dra. Ana Jorge, e esteve integrada na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) até 31 de março de 2017. A partir desta data, e na sequência da implementação da Estratégia Nacional para os Cuidados Paliativos, passou a ser incorporada funcionalmente no então Centro Hospitalar Barreiro Montijo, contemplando 3 vertentes assistenciais: Internamento, Ambulatório e Consultoria.
De acordo com a Responsável da Unidade de Cuidados Paliativos, Ana Paula Figueiredo, “a UCP conta com uma equipa multidisciplinar e presta cuidados médicos, de enfermagem, apoio nutricional, fisioterapia, terapia ocupacional, apoio espiritual e psicossocial a doentes adultos com necessidade de cuidados paliativos com situações clínicas complexas”. Atualmente a equipa é constituída por 3 Médicos (2 especialistas em Medicina Interna com formação avançada em Cuidados Paliativos e 1 Médica sem Especialidade mas com formação avançada em Cuidados Paliativos), 13 Enfermeiras das quais 8 com formação avançada em Cuidados Paliativos, 8 Assistentes Operacionais e 1 Assistente Técnico.
Os Cuidados Paliativos são cuidados de saúde holísticos, que procuram melhorar a qualidade de vida dos doentes, das suas famílias/cuidadores pela prevenção e alívio do sofrimento, através da identificação precoce, diagnóstico e tratamento adequado da dor e de outros problemas, sejam estes físicos, psicológicos, sociais ou espirituais (OMS). São cuidados integrados, prestados por uma equipa interdisciplinar e baseiam-se em princípios éticos e de planeamento antecipado de cuidados, pelo que não antecipam, nem prolongam o processo de morte (Portal do SNS). Sendo esta a definição de cuidados paliativos, a Dra. Ana Paula Figueiredo coloca, no entanto, o foco da atividade nos cuidados prestados em vida “privilegiando-a no seu todo, respeitando-a e dignificando-a”.